Quer tirar o plano B do papel? Comece agora e siga esses 10 passos - 15/08/2019
A grande dificuldade — e também desculpa — para não mudar de área, de trabalho ou de CLT para PJ é a falta de tempo para começar a trabalhar no plano B. Pode ser que você também esteja presa numa espiral expressa por frases "como encaixo isso na agenda se trabalho o dia inteiro?" e "não sei por onde começar".
A grande sacada, porém, é justamente começar. Mesmo se ainda não visualizar como vai gerenciar o tempo nem tiver certeza do prazo final.
Saia da inércia, trace um plano com as informações de que dispõe agora e vá aperfeiçoando no caminho. E na prática, #comofaz? É o que você vai ler no passo a passo a seguir.
1) Escolha apenas um plano B dos vários que pensou
Você deve ter várias ideias de planos B, diversas possibilidades à vista e inúmeros talentos a explorar. E pode estar aí a razão para tanta hesitação: você tem opções demais e não consegue escolher apenas uma para se dedicar. É a tal da síndrome do Netflix travando a sua carreira! Chega, né?
Liste todas as ideias de projetos que você gostaria de tocar para ser mais satisfeita na vida profissional e escolha aquele que faz seu olho brilhar e parece viável. Guarde o restante da lista e deixe ali, para um momento futuro.
2) Encontre seus "gaps"
Uma vez escolhido um projeto para se dedicar, é hora de fazer outra lista: a de "recursos" necessários para fazer a ideia se concretizar. Entram aqui recursos financeiros e humanos (pessoas a contratar e habilidades que você precisa desenvolver). O que falta para que você se sinta mais apta a levar o plano adiante?
Apenas tenha cuidado para não empacar nessa etapa, achando que nunca está pronta, que nunca sabe o suficiente para dar andamento ao que quer. Você pode e deve ir se aperfeiçoando no paralelo, enquanto começa a agir em outras esferas do plano B.
3) Escolha um "ponto de apoio"
Para servir de ombro amigo, para trocar impressões ou segurar a onda quando necessário (dinheiro, filhos, inseguranças ou qualquer outra "onda" que faça sentido para você).
É uma figura confiável que pode saber dos seus planos, mas não necessariamente estar em sociedade com você. É bom não pular essa etapa porque empreender costuma ser solitário e ter alguém para dividir a saga ajuda emocionalmente.
4) Trace um plano com prazos
Você escolheu um projeto, começou a se preparar e contou para uma pessoa confiável? Então está mais do que na hora de colocar o objetivo no papel. Não precisa ser complexo, mas o plano precisa existir na prática. Qual a ideia? O que ela tem de diferencial? Quais são as prováveis etapas para chegar lá? E os prazos para cada etapa? Que prazo você imagina para finalizá-la?
Eu disse "imagina" de propósito. Talvez você não entenda muito bem qual seria o prazo final, mas precisa partir de algum lugar… mesmo que seja de um palpite. Palpite este que pode tranquilamente ser ratificado ou rechaçado depois. Ok! Só não vale parar.
Um roteiro assim ao menos ajuda a visualizar o que quer e motivar.
Claro que se for um empreendimento maior, vale a pena procurar um especialista e traçar um business plan, mesmo que simplificado, para mapear tarefas que talvez sozinha você não preveja.
Ah, e seja qual for seu caso, não saia da etapa 4 sem definir os primeiros passos. Lembre que sair da inércia é o objetivo número 1.
5) Comece a guardar algum dinheiro
Mesmo se não precisar e a necessidade de verba extra não estiver prevista no seu plano de mudança, vale a pena poupar, porque isso costuma trazer uma sensação de segurança e comprometimento. Se você abre mão de algo por esse plano B, ele começa a ficar mais real, palpável.
6) Trabalhe nos fins de semana
Que lindo se você tiver energia para encaixar a dedicação extra no fim do expediente ou estiver engajada no tal Milagre da Manhã, acordando às 5 horas… Se não for o caso, é melhor assumir que vai precisar trabalhar uns bons fins de semana para se concentrar no projeto "vida nova".
De pesquisas na internet a novos contatos, de planilhas a compra de materiais… as atividades relativas ao plano B tomam tempo. Quanto menos dedicar a ele por semana, mais o prazo vai esticar. Uma escolha.
Seja qual for a data e o local usado, é bom se certificar de não ser interrompida (o que rouba a atenção e induz a erros) e de criar uma agenda contínua de dedicação.
Duas semanas sem lembrar que o plano B existe e você pode voltar à estaca zero. Aí surgem o desânimo para recomeçar, a baixa confiança e, claro, as desculpas.
7) Faça testes em pequena escala
Os donos de start-ups bem-sucedidas sabem disso: é preciso fazer testes sem grandes possibilidades de prejuízo para saber se a ideia genial da sua cabeça é tão genial aqui fora.
Pense em como essa máxima se aplica ao seu negócio. De um perfil novo no Instagram à distribuição de samples, de uma pequena temporada em outra cidade a um trabalho freelancer na área nova, defina qual o teste a fazer em curto prazo.
Essa etapa traz insights sobre o que alterar enquanto ainda é fácil.
8) Avise pessoas-chave sobre a empreitada
Guardar a ideia a sete chaves é bom até a página dois. Chega um momento em que você já avançou na preparação e acionar parceiros passa a ser interessante. Não se trata de escancarar a ideia, mas de saber como e para quem falar sobre ela. Futuros investidores? Potenciais clientes? Entendidos no tema?
Outro lembrete: não se travar com a ideia original do projeto. Pode ser que ao longo dos meses pessoas lancem coisas similares ou que o mercado mude. Pois adapte o plano B ao cenário sem sofrimento.
E isso nos leva à próxima etapa.
9) Revise as metas e os prazos
Rever o que planejou pode e deve ser feito durante todo o processo. As conjunturas externas e as etapas mal calculadas trazem essa necessidade, o que não precisa ser motivo de autoflagelo. O plano está ali como um norte, não uma sentença.
Só não mude o que planejou toda hora, marque momentos para acompanhar o andamento das tarefas — uma vez por semana está ótimo.
10) Assuma o plano B antes de se sentir 100% confiante
Você já deve ter lido algo sobre começar antes de estar pronta. É um bom lembrete de que, se você esperar as condições ideais, talvez elas nunca venham e você perca o timing para divulgar sua ideia para o mundo. Por isso o prazo é tão importante. Ele funciona como um empurrão para sair da toca, mesmo morrendo de medo.
Fonte: UOL