Porque é importante cuidar da saúde mental? - 22/02/2022
Na atualidade, muitas pessoas acreditam que a sua saúde mental está em risco. Isso porque encontramos muitos empecilhos e desafios em nosso cotidiano, os quais nem sempre conseguimos resolver facilmente.
A carga de trabalho e as expectativas profissionais podem pesar sobre nossos ombros. Precisamos ser perfeitos, rápidos, produtivos, coesos, comunicativos o tempo inteiro para satisfazer os requisitos de nossas carreiras.
Para completar o cenário, também precisamos ser presentes, compreensivos, compassivos e amigáveis em nossos círculos sociais. Assim, surge a ansiedade para fazer jus a todos esses critérios.
Além das obrigações rotineiras, há também uma gigantesca carga de informações, muitas vezes conflituosas e desgastantes, dos meios de comunicação. Os noticiários na TV, as redes sociais, os vídeos, os áudios…
Mesmo em casa, após o expediente ou em um dia preguiçoso, não conseguimos descansar a mente completamente. Ela está sempre trabalhando, absorvendo informação e nos forçando a tirar conclusões sobre assuntos os quais não nos dizem respeito.
Consequentemente, o nosso bem-estar vai sendo afetado até que, um dia, percebemos problemas emocionais que antes não existiam.
Quando foi a última vez que você se permitiu ficar em paz, sem se preocupar com o trabalho, problemas familiares ou de relacionamento, e seus afazeres para o dia seguinte?
Por acaso, você já parou, respirou e refletiu sobre como anda sua saúde mental?
Ainda há estigmas na sociedade sobre reservar momentos para cuidar de nós mesmos.
Embora a percepção geral tenha melhorado por conta da popularização de temas como saúde emocional, síndrome de burnout, distúrbios psicológicos, entre outros; as pessoas ou estão ligadas demais às suas obrigações ou não acreditam na seriedade dos transtornos mentais.
Elas não conseguem se distanciar delas nem dos problemas que as assolam para vê-los de longe, como um observador. Pelo contrário: se identificam com suas perturbações ou as perturbações alheias, se jogando de cabeça nelas. Só depois percebem as consequências negativas dessa atitude impulsiva.
Somos ensinados a sempre persistir, nunca olhar para trás, permanecer fortes diante de desafios. Parece que somente para sobreviver precisamos ser fortalezas impenetráveis, não né?
Respirar fundo em meio ao caos também é importante. Na verdade, é ainda mais importante do que persistência cega. Quando não desaceleramos, danificamos a nossa saúde mental.
As pessoas tendem a não prestar atenção nisso porque mesmo quando cultivamos hábitos danosos conseguimos funcionar por um tempo. É só quando um transtorno psicológico, como a depressão ou ansiedade, aparece que tomam consciência de seus atos.
É na calmaria que conseguimos coletar pensamentos e traçar planos de ação. Quando nos tratamos bem e cuidamos de nós mesmos, podemos ultrapassar qualquer obstáculo.
Nossos relacionamentos são melhores, nossos esforços profissionais são reconhecidos e nos valorizamos como deveríamos.
Porém, ainda não somos ensinados a desacelerar.
Mas, então, como devo cuidar da saúde mental?
Como devemos resolver nossos problemas? De que maneira devemos nos comportar no trabalho ou diante de grandes expectativas?
Como agir nas redes sociais para não nos sentirmos sobrecarregados com tamanho fluxo de informação? Como aproveitar as coisas boas da vida?
Primeiramente, você não precisa fugir de todos os seus compromissos e obrigações.
Até porque, na maioria dos casos, são etapas essenciais para conquistarmos um objetivo maior. Apesar de estressantes, precisamos passar por elas para progredir. Exatamente por isso que é tão necessário aprendermos a cuidar da nossa saúde mental.
Devemos encontrar uma maneira saudável, manejável e, de preferência, prazerosa para balancear o lado bom e ruim da vida. Essa busca leva tempo e muita tentativa e erro para encontrar a sua fórmula.
Em seguida, essa fórmula precisa se tornar um hábito. Ela precisa se tornar parte integral de sua lista de afazeres, mas não ser uma obrigação. Senão, fica chato. E ninguém gosta de coisas chatas. Logo, você começará a procurar outras fórmulas para substituí-la.
Fonte: GT Psicologia
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