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Conheça a Nomofobia ou No-mobile - 13/10/2022
Conheça a Nomofobia ou No-mobile

Conheça a Nomofobia ou No-mobile

As modificações das relações de comunicação tiveram um abrupto incentivo no surgimento dos smartphones. Diversas possibilidades nos geraram facilidades como a diminuição do tempo e da distância para realizar atividades. Podemos observar maior flexibilidade e interação, além de possibilidades quanto a localização, lazer e estudo, trabalho e até se tornou durante a pandemia o canal mais importante de comunicação da sociedade.

Esse pequeno dispositivo multifacetado está gerando muitas potencialidades, mas não podemos esquecer de suas vulnerabilidades, até para que uma educação do uso, possa ser melhor compreendida pela sociedade.

O termo nomofobia (uma abreviação, do inglês, para no-mobile phobia) foi criado no Reino Unido para descrever a angústia de estar sem o telefone celular ou aparelhos eletrônicos disponíveis.

Na realidade, esse neologismo atualmente tem sido muito utilizado para descrever a dependência — também conhecida como uso problemático ou compulsão — desses aparelhos. No Brasil, a nomofobia ainda é um tema relativamente novo, mas Coreia do Sul, Japão e China já consideram essa dependência um problema de saúde pública e têm centros de reabilitação.

Segundo relatório da ONU sobre economia da informação, o Brasil é o quarto país do mundo em número de usuários na Internet. O informe “Economia da Informação 2017: digitalização, comércio e desenvolvimento”, da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), mostra que as atividades principais dos brasileiros se relacionam à comunicação (85%), como o envio de mensagens pelo WhatsApp, e o uso de redes sociais como Facebook, Instagram ou Snapchat (77%). Ou seja, com base nos relatórios, a nomofobia pode se tornar ainda mais frequente no Brasil.

O caso começa a ficar mais grave na medida que o não uso do celular começa a levar a pessoa a não instrumentação da vida, quando a pessoa está afastada do aparelho em questão. É importante diferenciar a dependência aceitável ou dita “normal” daquela compreendida como patológica. Podemos considerar a dependência “normal” aquela que é utilizada para relacionamentos, sociais, trabalho e crescimento pessoal, entre outras coisas. As patológicas aquelas que estão acompanhadas de inadequação do uso, causando um histórico de sintomas psíquicos, provocadores de adoecimento

Sintomas da nomofobia

Além da total dependência dos aparelhos móveis, pacientes com nomofobia apresentam sintomas físicos e emocionais comparáveis aos da dependência química. Os principais são:

Sintomas emocionais: angústia, ansiedade, irritabilidade, medo, estresse, crises de pânico, tristeza, solidão, depressão.

Sintomas físicos: falta de ar, tontura, tremores, náuseas, dor no peito, aceleração da frequência cardíaca, dor de cabeça, enxaqueca.

Algumas atitudes no dia a dia também podem indicar a nomofobia:

  • Manter o celular ligado 24 horas por dia e dormir com o celular embaixo do travesseiro;
  • Carregar consigo mais de uma bateria, carregadores ou aparelhos reserva;
  • Conferir repetidamente as chamadas, os e-mails e as mensagens de aplicativos;
  • Checar a bateria a todo momento;
  • Sentir desconforto quando está em um local sem sinal;
  • Deixar de fazer atividades que gosta para ficar no celular;
  • Diminuir a produtividade no trabalho, devido às redes;
  • Diminuir a vida social e o contato com a família para ficar com o celular.

O diagnóstico da doença deve ser feito por um psiquiatra ou psicólogo, que analisa os sintomas identificando as causas e sua relação com outros problemas, como depressão, ansiedade e transtornos psiquiátricos.

A nomofobia leva a um estado de ansiedade que pode se tornar patológico, levando principalmente a um transtorno de ansiedade social, ao transtorno do pânico e agorafobia. O transtorno de ansiedade social é o mais comum. O medo e a ansiedade são intensos em situações sociais, a nomofobia se liga isso, pois a falta do mobile leva a falta do contato social. Ou seja, podemos ter uma crise que não é manifestada pela exposição, que também é possível, mas pela falta de contato com o meio social.

Outra complicação comum que pode emergir nesse processo, é o transtorno do pânico com agorafobia. Sabemos que o transtorno do pânico se materializa em um estado de pânico inesperado, é um forte surto com desconforto e medo intenso que pode chegar a um ápice que gera diversos sinais e sintomas desconfortáveis e muitas vezes traduzidos como desesperador para a pessoa. Uma crise de pânico gera um súbito medo ou um grande desconforto.

A terapia é o tratamento indicado para reduzir essa dependência do celular. O psicólogo cognitivo-comportamental é capaz de compreender a raiz desse vício e aconselhar uma mudança nos hábitos de consumo do aparelho. Já os medicamentos são utilizados apenas em casos mais avançados, quando a nomofobia evolui para depressão e crises de ansiedade mais graves, mas a automedicação não é recomendada.

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